A Grande Degeneração – Niall Ferguson
Olá, amigos investidores!
A Grande Degeneração, livro de Niall Ferguson é nosso tema de hoje. Este livro é de fácil leitura com tópicos que não são longos e sem muitos termos técnicos. É um livro pequeno, não chega a 200 páginas e traz muita informação bacana para quem quer aprender e pensar um pouco sobre geopolítica, economia, governos e outras coisas do tipo que afetam o mundo.
Se você é novo por aqui, seja bem vindo! Aqui temos uma área sobre livros interessantes para os investidores que abordam não só a parte técnica de economia, mercado e investimentos, como também a parte de geopolítica, governos e afins. Caso você não conheça, temos uma página especifica sobre livros (clique aqui para acessar) e temos uma área específica no nosso canal no Discord (clique aqui para entrar).
O que motivou ler este livro foi o pessoal do Tapa da Mão Invisível que também faz leitura de livros e depois trazem um episódio de seu podcast debatendo os principais tópicos. Se você ainda não conhece o Tapa da Mão Invisível, clique aqui para conhecer, recomendo fortemente.
Quem é Niall Ferguson?
Antes de começar a falar sobre o livro, primeiro temos que trazer um resumo da biografia de quem é Niall Ferguson. Eu poderia resumir sua carreira com minhas próprias palavras mas confesso que buscando na internet, encontrei resumos melhores do que eu poderia fazer, então segue uma resumo, extraído da internet, de quem é Niall Ferguson.
Niall Ferguson
Niall Ferguson é um historiador, escritor e comentarista britânico nascido na Escócia em 1964. Ele é conhecido por suas obras sobre história financeira, política internacional e história econômica. Ele é professor de história na Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, e foi professor de história na Universidade de Harvard.
Ferguson é autor de vários livros, incluindo “A Ascent of Money” (A Ascensão do Dinheiro), que foi transformado em um documentário pela rede de televisão britânica BBC (clique aqui para assistir). Ele também escreveu “Civilization: The West and the Rest” (Civilização: O Ocidente e o Resto), onde argumenta que a ascensão do Ocidente ao poder global é uma consequência de características únicas em sua história, cultura e instituições.
Além de suas atividades acadêmicas, Ferguson é um comentarista político influente e regularmente contribui para jornais, revistas e programas de televisão em todo o mundo. Ele também é membro da Royal Society of Edinburgh e foi nomeado para a Ordem do Império Britânico em 2004 por seus serviços à história.
Ferguson é conhecido por seu estilo provocativo e polêmico, muitas vezes desafiando as opiniões convencionais e criticando a cultura política e econômica contemporânea. Suas opiniões e análises têm sido objeto de intenso debate e controvérsia em muitos círculos acadêmicos e políticos.
A Grande Degeneração
Como comentei acima, o livro é de fácil leitura. Se você gosta de ler, acredito que termine o livro em 10 dias ou menos. Se tiver o hábito de ler entre 15 e 20 páginas por dia, com certeza termina de ler o livro em 10 dias apenas.
O livro é uma análise crítica da atual crise de decadência institucional em todo o mundo ocidental. Nesse livro, o autor argumenta que os pilares fundamentais da civilização ocidental, como a democracia, o Estado de Direito, o livre mercado e a sociedade civil, estão sendo minados por uma combinação de fatores. Estes fatores incluem o envelhecimento da população, a corrupção, a burocracia excessiva, a falta de responsabilidade individual e a crescente desigualdade social e econômica.
Ferguson começa o livro examinando as principais causas dessa degeneração institucional. Ele aponta que a corrupção é uma das principais causas, enfatizando como o poder corrompe e como a corrupção mina a confiança nas instituições democráticas. Ele também destaca a burocracia excessiva como outra causa importante, argumentando que o excesso de regulação e controle governamental pode sufocar a inovação e a liberdade individual.
Desigualdade Social
Além disso, Ferguson discute a crescente desigualdade de renda e riqueza como uma ameaça à coesão social e política. Ele argumenta que a desigualdade é alimentada pela globalização e pelas novas tecnologias, que permitem que as elites econômicas se movam e explorem mercados e trabalhadores em todo o mundo, enquanto deixam as classes trabalhadoras para trás.
Para enfrentar essas ameaças, Ferguson argumenta que é necessário um retorno aos valores fundamentais da civilização ocidental. Tais valores são a responsabilidade individual, a ética do trabalho, a virtude cívica e a capacidade de autocontrole. Ele enfatiza que os indivíduos devem assumir a responsabilidade por suas próprias vidas e pelos problemas da sociedade, em vez de esperar que o governo ou outras instituições resolvam tudo por eles.
A crise na educação Ocidental
O livro também examina a crise da educação na sociedade ocidental. Ferguson argumenta que as universidades e escolas estão falhando em fornecer uma educação de qualidade, enfatizando o politicamente correto em vez do pensamento crítico e a busca pela verdade. Ele argumenta que essa tendência está minando a capacidade das pessoas para lidar com as complexidades do mundo moderno e prejudicando sua capacidade de resolver problemas.
Sobre este tópico, basta vermos o que é ensinado nas nossas universidades. A imposição do pronome neutro e a condenação de matérias como exatas e linguagem culta, deixa o Brasil em uma das piores posições não só no mundo como também quando comparado com países da América Latina. Fonte: MEC
O autor também aborda as questões da dívida pública e das políticas fiscais, argumentando que muitos governos estão sobrecarregados com dívidas insustentáveis, que podem levar a uma crise financeira global. Ele argumenta que os governos precisam ser mais prudentes em suas políticas fiscais e tomar medidas para controlar suas dívidas e despesas.
Por fim, o livro de Ferguson argumenta que a sociedade ocidental precisa de uma mudança fundamental em sua cultura e valores. Ele defende a volta a uma ética do trabalho, onde a responsabilidade individual e a virtude cívica são valorizadas, em vez da cultura do “tudo para mim” que tem prevalecido em muitos setores da sociedade. Ele também argumenta que é necessário um retorno aos valores religiosos e morais tradicionais, que fornecem uma base sólida para a sociedade. Eu acredito no que ele disse.
Análise do Livro pelo Tapa da Mão Invisível
Também, como comentei acima, o Paulo Fuchs e Júlio Santos do Tapa da Mão Invisível, fizeram um podcast sobre o livro. É muito interessante ver como eles detalham cada capítulo e trazem excelentes insights sobre alguns tópicos. Até da parte jurídica que achei um pouco mais maçante, eles conseguiram extrair bons ensinamentos.
Vou deixar aqui o episódio referente ao livro A Grande Degeneração.
Considerações Finais
O que posso dizer sobre este livro em resumo? Apenas que você deve ler o livro e debater o assunto no nosso canal no Discord. O livro traz algumas inquietações para o momento, mesmo tendo sido escrito em 2012. Podemos ver claramente que alguns tópicos na sociedade ocidental está em decadência há anos e fica a pergunta: Será que vamos piorar ou melhorar?
Não se esqueça de classificar o post com 5 estrelas e de deixar seu comentário abaixo. Participe do Canal no Discord para trocarmos ideias sobre este e outros livros.
Bons investimentos.
Alex.
